O seu Passado
O povoamento do território ocupado por Vila Chã pode reputar-se de época anterior à fundação da Nacionalidade.
Vila Chã pertenceu, desde os primórdios, às “Terras da Maia” e tanto assim é que era conhecida por Vila Chã da Maia. A partir da Divisão Administrativa de 6 de Novembro de 1836 passou a integrar o concelho de Vila do Conde. A Freguesia resultou da fusão de duas villas romanas, a “Villa Plana e a Villa Miranci”, esta última situada a norte do actual ribeiro e cujo povoado deveria ocupar o actual lugar dos Merences. Ameaçada pela invasão das areias a população de Miranci transferiu-se para “Villa Plana”. Esta mudança terá ocorrido nos finais do século XIV ou inícios do século XV. A última referência a Miranci é de 1318 e consta da doação de uma herdade ao Convento de Santa Clara.
O documento mais antigo que se conhece referente a Villa Plana consta da colectânea “Portugalia e Monumenta Histórica”, de Alexandre Herculano e trata de uma doação de prédios em Terroso e Villa Plana, no ano de 1033. Transcreve-se a parte do documento em que Villa Plana é mencionada...” e outras entre Ave e o rio Labrugia chamada Villa Plana sitos entre Mirazi e Moreirola”...
Por aqui se vê que o documento de 1033, em que é comprovada a existência de Villa Plana, é anterior em 110 anos a D. Afonso Henriques ter sido reconhecido como Rei, o que aconteceu a 3 de Outubro de 1143 (Tratado de Zamora), reconhecimento esse que viria a ser confirmado pelo Papa Alexandre III em 23 de Maio de 1179.
Nas Inquirições de 1258 (D. AfonsoIII) S. Mamede já era o Padroeiro de Vila Chã. As relíquias deste Santo estão na Catedral de S. Mamede em Langres – França.
Por estas Inquirições ficamos a saber que Villa Plana tinha nessa altura 21 casais e que cada um deles pagava, mensalmente quatro dinheiros de imposto (e tinham a obrigação de dar alimento ao rspectivo cobrador!). Pela Inquirição de 1307 (D.Diniz) concluímos: que no lugar de Meranci havia 19 casais.
No documento de 1033 já mencionado consta a doação de Villa Plana, feita por D. Vistrégia Galindes a D. Gutirre Trucezindes e, dos bens doados, reza expressamente a Igreja, que segundo a mencionada D. Vistrégia já havia recebido de seus pais e avós. Assim sendo, a primeira Igreja data, no mínimo, do século X. Também já sabemos que no século XIII S. Mamede já era o seu Orago. A construção era românica, tinha uma só nave e teria a largura da capela-mor do actual templo, mas com cerca de 20 metros de comprimento. A sua torre sineira, para dois sinos, ficava do lado Sul, no prolongamento da fachada principal, que estava virada a Poente.
Ao fim de um milhar de anos, depois de ter resistido ao terramoto de 1755, ameaçava ruína. Por portaria de 13 de Fevereiro de 1918, foi autorizada a sua demolição e a construção do novo Templo será feita a expensas dos habitantes da Freguesia e continuaria, como acontecia com a anterior, a ser propriedade do Estado.
A construção da nova Igreja, a expensas da Freguesia, fica a dever-se ao então Pároco António Álvares dos Santos Júnior (que ficaria conhecido como Senhor Padre António) e que serviu a Freguesia entre 1906 e 1911 como coadjutor do Padre Vitorino, e até 1924 como titular. As dimensões aproximadas da Igreja são: Capela-Mor - 10x6,5 metros e 8 de altura; Corpo da Igreja – 21x9 metros e 8 de Altura; Torre Sineira – 15x , 4,5 metros, tendo a sua cúpula, que ra de granito e ruiu em consequência do terramoto de 28 de Fevereiro de 1969, sido reconstruída em betão. A Torre Sineira tem aberturas para 4 sinos, embora existam apenas dois.
Artigo escrito por José Magalhães
O povoamento do território ocupado por Vila Chã pode reputar-se de época anterior à fundação da Nacionalidade.
Vila Chã pertenceu, desde os primórdios, às “Terras da Maia” e tanto assim é que era conhecida por Vila Chã da Maia. A partir da Divisão Administrativa de 6 de Novembro de 1836 passou a integrar o concelho de Vila do Conde. A Freguesia resultou da fusão de duas villas romanas, a “Villa Plana e a Villa Miranci”, esta última situada a norte do actual ribeiro e cujo povoado deveria ocupar o actual lugar dos Merences. Ameaçada pela invasão das areias a população de Miranci transferiu-se para “Villa Plana”. Esta mudança terá ocorrido nos finais do século XIV ou inícios do século XV. A última referência a Miranci é de 1318 e consta da doação de uma herdade ao Convento de Santa Clara.
O documento mais antigo que se conhece referente a Villa Plana consta da colectânea “Portugalia e Monumenta Histórica”, de Alexandre Herculano e trata de uma doação de prédios em Terroso e Villa Plana, no ano de 1033. Transcreve-se a parte do documento em que Villa Plana é mencionada...” e outras entre Ave e o rio Labrugia chamada Villa Plana sitos entre Mirazi e Moreirola”...
Por aqui se vê que o documento de 1033, em que é comprovada a existência de Villa Plana, é anterior em 110 anos a D. Afonso Henriques ter sido reconhecido como Rei, o que aconteceu a 3 de Outubro de 1143 (Tratado de Zamora), reconhecimento esse que viria a ser confirmado pelo Papa Alexandre III em 23 de Maio de 1179.
Nas Inquirições de 1258 (D. AfonsoIII) S. Mamede já era o Padroeiro de Vila Chã. As relíquias deste Santo estão na Catedral de S. Mamede em Langres – França.
Por estas Inquirições ficamos a saber que Villa Plana tinha nessa altura 21 casais e que cada um deles pagava, mensalmente quatro dinheiros de imposto (e tinham a obrigação de dar alimento ao rspectivo cobrador!). Pela Inquirição de 1307 (D.Diniz) concluímos: que no lugar de Meranci havia 19 casais.
No documento de 1033 já mencionado consta a doação de Villa Plana, feita por D. Vistrégia Galindes a D. Gutirre Trucezindes e, dos bens doados, reza expressamente a Igreja, que segundo a mencionada D. Vistrégia já havia recebido de seus pais e avós. Assim sendo, a primeira Igreja data, no mínimo, do século X. Também já sabemos que no século XIII S. Mamede já era o seu Orago. A construção era românica, tinha uma só nave e teria a largura da capela-mor do actual templo, mas com cerca de 20 metros de comprimento. A sua torre sineira, para dois sinos, ficava do lado Sul, no prolongamento da fachada principal, que estava virada a Poente.
Ao fim de um milhar de anos, depois de ter resistido ao terramoto de 1755, ameaçava ruína. Por portaria de 13 de Fevereiro de 1918, foi autorizada a sua demolição e a construção do novo Templo será feita a expensas dos habitantes da Freguesia e continuaria, como acontecia com a anterior, a ser propriedade do Estado.
A construção da nova Igreja, a expensas da Freguesia, fica a dever-se ao então Pároco António Álvares dos Santos Júnior (que ficaria conhecido como Senhor Padre António) e que serviu a Freguesia entre 1906 e 1911 como coadjutor do Padre Vitorino, e até 1924 como titular. As dimensões aproximadas da Igreja são: Capela-Mor - 10x6,5 metros e 8 de altura; Corpo da Igreja – 21x9 metros e 8 de Altura; Torre Sineira – 15x , 4,5 metros, tendo a sua cúpula, que ra de granito e ruiu em consequência do terramoto de 28 de Fevereiro de 1969, sido reconstruída em betão. A Torre Sineira tem aberturas para 4 sinos, embora existam apenas dois.
Artigo escrito por José Magalhães
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